Tudo Novo De Novo

Estava aqui, amargando uma dor de dente e pensando nessa Montanha Russa que teimamos em chamar de Vida. Sobre como tudo acontece e, algumas vezes, deixa de acontecer. Sabe a qual maldita conclusão cheguei? Que caminhamos para frente e andamos em círculos. Algum outro filósofo genial já deve ter largado essa pérola, mas, por hora, ela é de autoria da minha mente problemática.

Bem como na Montanha Russa, partimos de um ponto. Passamos por altos e baixos, gritamos, choramos, viramos de cabeça para baixo e nos despenteamos. Tiramos fotos para olhar depois e pensar como fomos capazes de fazer tal careta.. enfim, vivemos. Ao que o passeio chega ao final, descemos exatamente no mesmo ponto em que subimos. Mudados sim, mas evoluímos para o ponto exato em que a viagem começou.

Sempre acreditei que andamos para um lugar pré-determinado. Podemos ir direto e reto, dobrar, fazer uma curva maior que o necessário, voltar e tentar ir para outra direção, porém, o nosso destino sempre será o inicial, doa a quem doer. Sempre tive como certeza que a graça da vida é o caminho que percorremos, e não o Podium em si. Grande parte dos prêmios de consolação são mais saborosos que o troféu em si.

          Mudamos mas não deixamos de ser quem somos; evoluímos e seguimos no mesmo lugar de antes. A vida segue o seu rumo, mesmo contra a nossa vontade. Apaixonamos-nos diversas vezes na vida, seja por pessoas diferentes ou sempre pela mesma, conhecemos diversas existências, aprendemos a viver sem o que jamais achamos suportar, e nos descobrimos independentes novamente. Percorremos o mundo inteiro, mas voltamos para aquilo que chamamos de ‘casa’, seja ela aonde ou quem for.